O SEGREDO DOS VENCEDORES 01

Hoje é uma manhã de compromissos. Estou sentado em uma sala de espera, num confortável sofá, rodeado de revistas e outras pessoas. Aguardava minha editora para falarmos sobre o lançamento de um novo livro.

Entre o vaivém dos que por ali transitavam, um dos fundadores da organização Siciliano atravessa a sala, concentrado em algo, e entra no elevador. Já quando a porta do elevador ia se fechando e já marcava o sinal de descida, por uma fresta, o Sr. Oswaldo Siciliano me avista na sala de espera e acena lá de dentro.

Respondo com outro aceno e aposto com as pessoas da recepção que ele vai voltar para cumprimentar-me…

Você deve estar pensando, assim como muitos na recepção pensaram: essa é difícil de acreditar, não é mesmo?

Por que você se julga tão especial para que ele volte e o cumprimente? – indaga uma das pessoas.

Eu respondo prontamente:

Não sou eu quem é especial. É ele. Ele é especial!

Quando o elevador retorna, a primeira pessoa a saltar dele, com um sorriso característico e um abraço amigo, é o Sr. Oswaldo Siciliano, sussurrando em meu ouvido: Eu não poderia deixar de cumprimentá-lo caro Romão.

Isso me fez pensar que, muitas vezes, para conseguir um bom dia de um guarda na guarita de alguma organização é necessário… bem, é melhor nem dizer.

Agora já é noite e eu, num programa paulistano, estou jantando no Rubaiyat Figueira com meus amigos Marcia e Luiz A Monteiro, matando saudades de Barretos. Minha mulher, Thais Helena, pede um novo prato da casa. Com os pedidos sendo atendidos o prato dela vem acompanhado por ninguém menos que Belarmino Iglesias Filho. Mas não era para me cumprimentar e sim para servir o prato, ensinando ao garçom como aquele novo prato deve ser servido corretamente. Com a destreza e maestria que lhe é peculiar, adicionou à comida aquilo que Dona Lucinha diz: o primeiro ingrediente da comida é o amor (coisa que Elzinha, sua filha, herdou e aplica com louvor).

Quando algumas pessoas viram Belarmino servindo nossa mesa devem ter pensado: Quem será essa pessoa tão importante naquela mesa?… Na verdade não havia ninguém “importante” naquela mesa que estávamos. O “importante”, naquele momento, era o carinho, o primor e o amor que Belarmino tem por seu trabalho.

Eis aqui o segredo de alguns vencedores: pessoas que amam aquilo que fazem, independentemente de para quem estejam fazendo.

Estas pessoas têm algo em comum:
· são fãs de seu trabalho;
· são apaixonadas por seu trabalho;
· compartilham em qualquer situação;
· tocam a pele dos colaboradores, deixando-os sentir seus próprios valores;
· exploram o capital intelectual que têm no seu capital humano;
· não dão uma média certeza ao cliente, dão uma certeza;
· são chefes que deixam seus colaboradores vencerem.

Certamente essas são pessoas especiais. Pessoas que têm muito a ensinar para as outras pessoas a quem chamo, em minhas palestras, de “tocha-humana”. Sim, eu as chamo de “tocha-humana”. São aquelas pessoas que têm prazer em queimar tudo que chegue perto delas, quer seja seu negócio, outras pessoas, projetos, enfim, qualquer coisa que chegue perto… Elas conseguem torrar qualquer amizade como um bife esquecido na frigideira em fogo alto. Torram qualquer relacionamento como uma fatia de pão de forma queima numa chapa quente…

“Tocha-humana” para mim é aquele tipo de pessoa que quando você dá um “Bom dia” ela responde na hora:

Só se for para você!

Este grupo de “tochas-humanas” está sempre acompanhado de outro grupo de pessoas: aquelas que carregam a tiracolo o “kit-malvadeza”.

Você ainda não conhece o “kit-malvadeza”? São aqueles pequenos “truques” baratos de falar mal de alguém que sequer conhecem; aquela certeza de prejudicar alguém com quem nem se relacionam; aquele olhar reprovador quando alguém faz algo que ela não faria, sempre com uma dose de “veneno-básico”…

Conhece alguém assim?

Recomende-lhe que conheça pessoas especiais como o Sr. Oswaldo Siciliano, Belarmino Iglesias, Dona Lucinha, Elzinha, Luiz A. Monteiro…

Pessoas vencedoras são grandes porque sabem como tratar os pequenos!

Pior que não ser, é pensar que é…

O espírito de amor ao trabalho se expande em todas as direções de quem ama aquilo que faz.

Talvez, se você ainda não sentiu esta fluência de energia naquilo que atua, seja hora de repensar sua área profissional.

Talvez, também, esteja na hora de envolver-se com pessoas nutritivas, que possam trazer-lhe reciprocidade nesta grande troca de energia que envolve o mistério da vida.

Vencedores não têm segredos. Eles vivem plenamente aquilo que sentem e acreditam, mais que isto, colocam em suas veias o serviço ou produto que vendem, associam um sentimento de prazer em tudo aquilo que oferecem ao mercado.

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