DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

A história foi manchada com a tragédia do separatismo e a discriminação entre seres humanos por muitas razões: pela cor, pela nacionalidade, pela cultura, pela origem e até mesmo por nada que realmente tivesse valor.
Índios foram varridos do solo americano até o solo brasileiro; povos e nações, dizimados, entre tantas outras atrocidades que os líderes parecem não ter aprendido como evitar.
Ao longo da existência humana, as nações tiveram em suas diferenças a oportunidade para evoluir, mas fizeram delas um motivo para tentar ser melhor e superior ao outro.
Desde tribos do homem neandertal – o Homo neanderthalensis, que habitou a Europa e partes do oeste da Ásia, cerca de 300.000 anos atrás até aproximadamente 29.000 anos atrás, tendo coexistido com os Homo sapiens – até os Incas, Astecas, Maias, Judeus e Árabes, as civilizações não conseguiram compreender suas diferenças como força para superar desafios e evoluir no plano terreno.
Todos se tornaram seguidores de um modelo de que, para um existir, o outro precisa sofrer e até não existir.
O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil, dedicado a uma reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, e assim procura lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro, em 1594.
Quem precisava mesmo de um “dia de consciência” seriam os “brancos”, para lembrar e refletir sobre a mancha que deixaram no mundo com a escravidão dos negros.
De todos os atos ocorridos na história humana, a escravidão talvez seja a maior mancha existencial cometida pelos povos que subjugaram seus semelhantes.
O cuidado para que certas lembranças não sejam apagadas da história não deve fomentar o mesmo rancor que as causou, mas sim evitar que o sangue de novos inocentes permaneça na história que será contada no futuro.
Não é uma questão somente do “Dia da Consciência Negra”. É uma questão do Dia da Consciência Humana, inspirada em páginas forjadas na escuridão das mentes retrógradas, insensíveis e atrozes que impuseram ao seu semelhante a mesma ignorância que tinham em seus corações empedrados pela obscuridade existencial.

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Cesar Romão
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