O PROCESSO DE ENSINO NA ESCOLA

RESUMO

O presente artigo pretende demonstrar que o processo de Ensino na Escola, apesar de produzir aprendizagem e gerar conhecimentos básicos para o desempenho do aluno no universo escolar, deixa abertas possibilidades para novos métodos de Ensino capazes de produzirem efeitos ainda mais promissores de aprendizagem e também combater a repetência de alunos nos anos letivos.

INTRODUÇÃO

O presente artigo visa demonstrar a importância do desenvolvimento de um processo de ensino na escola, através do qual se realize uma facilitação na implementação das informações necessárias para um aprendizado que permita o desenvolvimento do aluno.

OBJETIVO

O presente artigo tem por objetivo abordar as estratégias através das quais o processo de ensino na escola possa desenvolver-se e expandir-se para atingir os diversos tipos de alunos e suas habilidades em assimilar informações didáticas.

REVISÃO DE LITERATURA

No decorrer da implantação do magistério, o exercício do mesmo caracteriza-se, principalmente, pela atividade de ensino das matérias escolares. Durante este processo, a mesclagem de objetivos, conteúdos, métodos e formas de organização do ensino tem como meta desencadear uma assimilação ativa, que produza efeito agregador no aluno, capaz de desenvolver conhecimentos, habilidades e hábitos, assim como o desenvolvimento de capacidades cognoscitivas.

Fica evidente a existência de uma importante ligação relacionada que, para ter efeito, atua na base da reciprocidade, item primordial entre as ações do professor e a atividade composta pelos estudos dos alunos.

O ícone ensino-aprendizagem se consuma pela interligação de dois momentos que não podem ser separados: transmissão e assimilação ativa de conhecimentos e habilidades.

Os procedimentos decorrentes das relações entre professor e aluno não possuem características estáticas. Eis a razão da atividade de ensino ser um processo coordenado de ações docentes que, para ser implantado, necessita de uma estruturação que integre os instantes do desenvolvimento da aula ou a prática da didática.

Como a transmissão de conhecimentos é composta pela realização de exercícios repetitivos, memorização de definições e fórmulas, uma característica desta prática tem em sua forma de atuação uma maneira carente de procedimentos, comumente conhecida como método de ensino tradicional, amplamente utilizado nas escolas.

Este método possui limitações pedagógicas e didáticas: o professor sai de seu papel de elemento ativo e deixa o aluno em uma condição mínima de reflexão sobre o conhecimento. Com isso, o desenvolvimento das reais potencialidades dos alunos, suas capacidades e habilidades são tolhidos quando as forças intelectuais das partes integrantes do processo deveriam ser implementadas em direção a resultados mais promissores sem anulação de qualidades cognitivas.

Outra limitação é a importância exacerbada dada ao conteúdo do livro. O domínio da matéria pelo professor é fundamental, para que ele possa discernir os tópicos realmente importantes que poderão produzir efeitos positivos na capacidade de raciocínio dos alunos.

Além das limitações citadas podemos citar o sistema transmissivo que não possui condições de identificar as dificuldades individuais do aluno na assimilação das matérias, além de restringir o aprendizado no momento das aulas, favorecendo à não permanência na escola já que não permite a prática do conhecimento no dia-a-dia dos alunos.

Para um processo de ensino ser pleno necessita desenvolver e transformar, de maneira progressiva, as capacidades intelectuais dos alunos, visando o domínio dos conhecimentos e habilidades para a obtenção de determinados resultados no índice de desenvolvimento de suas capacidades cognoscitivas.

METODOLOGIA

De maneira experimental, proponho novos processos de ensino na escola que permitam transcender os parâmetros existentes hoje na condução do mesmo nos quais, ao final, o aluno possa se tornar um professor em sua esfera inferior de relacionamento.

Proponho, nessa mesma linha, a aplicação do conhecimento expandido, ou seja, o conhecimento em movimento. Já que o processo de ensino consiste na maneira em como as pessoas aprendem, um sistema assim, espontâneo, que nasce naturalmente do contato entre as pessoas e o ambiente em que atuam, poderia ser muito útil à sociedade brasileira.

Aqui, muitos pais não tiveram a possibilidade de freqüentar uma escola, então, com essa proposta, os alunos poderiam ser, para eles, fios condutores de incentivo na volta à busca do conhecimento, anexando em suas atividades escolares a presença dos pais.

Em nossa vida, mais vale o que se aprende àquilo que se ensina. Entretanto, ensinar é uma forte maneira de aprender. Ensinar aos alunos um conhecimento que possa entusiasmá-los a levá-lo ao seu convívio talvez seja uma maneira de fazer uma melhor fixação das informações, transformando-as em hábito de convívio e tornando-os semeadores de ensinamentos.

Todo aprendizado que entusiasma tende a permanecer e perpetuar. Entendo que estudar tem de deixar de ser um processo imposto apenas para cumprir quesitos educacionais, mas fazer parte da vida dos alunos como uma possibilidade visualizada e concreta, a fim de que possam desenvolver-se como pessoas capazes no seu ambiente.

O desenvolvimento da paixão pelo aprendizado deve estar presente, de maneira subliminar, nos processos de ensino, nos quais cada aluno vai descobrindo-se aos poucos, dentro de suas aptidões, a ponto de, por exemplo, o irmão mais velho de uma família, que está na escola, ao chegar em casa, ter imenso prazer em contar ao irmão mais novo o que aprendeu. Eis o conhecimento transformando-se em relação entre pessoas.

Além do processo didático, o ensino tem de procurar desenvolver no aluno um espírito que permita ao conhecimento incorporar-se como um movimento que se expande através de seus sentidos.

A busca de métodos integradores de conhecimento deve ser o desafio para o processo de ensino na escola.

RESULTADOS

Como resultado, teríamos mais alunos realmente envolvidos com o ensino e, fazendo dele, parte integrante de seu contexto de vida, e incentivando o meio em que atuam a estar na escola e seguir com ela durante sua vida.

Como exemplo, o projeto TV Escola, que consiste no repasse a escolas públicas, com mais de 100 alunos, fornece um “kit tecnológico” (antena parabólica, televisão, videocassete e fitas virgens). Cerca de 976 mil professores e 27,7 milhões de alunos são atingidos pelo projeto em 54 mil escolas. “Em comparação com programas semelhantes promovidos por outros países, é um índice muito bom”, afirma Tânia Magalhães Castro, coordenadora-geral de planejamento e educação à distância, do Ministério da Educação, e muito tem entusiasmado os alunos na permanência e dedicação às salas de aula.

Uma escola de Caraguatatuba oferece oficinas de pães, de confecção de bonecas e outras atividades que podem ser usadas como fonte de renda pela família. A biblioteca e a sala de informática ficam abertas à noite e nos finais de semana para a comunidade. “Assim os pais sentem que a escola também é deles”. Na reunião de pré-planejamento, a presença da comunidade foi intensa. O encontro começou com uma atividade de sensibilização: ao som da música Aquarela, de Toquinho, deveriam montar um trem, formando as palavras “metas”, “estratégia”, “projetos”, “avaliação” e “vontade”, entre outras. Os vazios foram preenchidos com termos como “ousadia”, “comprometimento” e “responsabilidade”. “Um trem é composto de várias partes, mas todas rumam para o mesmo destino”, de acordo com a coordenadora.

CONCLUSÃO

Para mais de 7 milhões de brasileiros, os meses de novembro e dezembro são sinônimos de pesadelo. É que eles serão reprovados na escola, rotulados de incapazes e obrigados a freqüentar novamente a série que acabaram de concluir, revendo os mesmos conteúdos, inclusive os já assimilados. E, o que é pior, a história se repete há décadas. No total, quase 9 milhões de jovens (o equivalente a três vezes a população do Uruguai) deixam de aprender, pois a esse número são somados outros 20% que regressam à mesma série e outros 4,5% se evadem das salas de aula.

Nessa época (será que ela é tão distante assim?), a culpa pela reprovação era sempre dos alunos que, ignorantes, não mereciam melhor sorte. Enquetes realizadas nos sites de NOVA ESCOLA e de Veja revelam que os professores estão mais conscientes de seu papel. Os leitores das duas revistas colocam o sistema escolar como o responsável pelo fracasso dos estudantes.

“Estamos chegando, em todo o mundo, ao consenso de que o professor é a peça-chave no processo educativo”, destaca Elvira de Souza Lima, pesquisadora do Desenvolvimento Humano, Professora da Hofstra University, de Nova York, e da Universidade de Salamanca, na Espanha.

A paixão e compromisso com o ensino despertado por novos métodos vão tornar a vida de nossos alunos mais próximas do universo do conhecimento. Vencer a repetência e incentivar a permanência na escola pode ser o maior beneficio que um processo de ensino entusiasta e comprometido possa inserir na vida dos alunos e da sociedade brasileira.

BIBLIOGRAFIA E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIBÂNEO, Jose Carlos. Didática. Editora Cortez, 1994.

SOARES, Magda B. Linguagem e escola – uma perspectiva social. Editora Ática, 1986.

MARTINS, Pura Lucia Oliver. A didática e as contradições da prática. Editora Papirus, 2a edição, 2003.

DAVIS, Claudia e Oliveira, Zilma de. Psicologia na educação. Editora Cortez, 1990.

GASPARIN, João Luiz. Comênio ou da arte de ensinar tudo a todos. Editora Papirus, 1984.

ESCOLA, Revista. Edição nº 137 de novembro 2000.

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