VIRTUAL E HUMANO

Talvez o primeiro contato do ser humano com algo virtual tenha sido quando lascou uma pedra em outra e descobriu o fogo. De lá para cá, nada mais seria como antes.

A era da pedra não terminou por falta de pedra. Terminou porque os mesopotâmios, 3.500 a.C., descobriram o cobre. A ferramenta da era do cobre foi o fogo. As eras continuam evoluindo e as ferramentas continuam mudando. Estamos na era do silício, e a ferramenta é a mente humana.

A “Gamificação” (Funware), o uso de mecânica de jogos para aplicações que são um game, já é realidade nos treinamentos corporativos. Ela permite encorajar determinados comportamentos, tirando vantagem da predisposição psicológica do ser humano em se engajar em games. Pode ser usada para motivar as pessoas em tarefas que elas normalmente consideram entediantes.

Um bilhão de pessoas se encontram, trabalham, amam e brigam através dos sites de relacionamento. Uma em cada sete pessoas do planeta frequenta as redes sociais. Não se ligar nesta nova forma de relacionamento causará exílio da próxima sociedade humana. Desenvolver aprendizagem colaborativa nessa área é uma iniciativa que será a ponta de um iceberg de possibilidades.

Entre o surgimento da linguagem falada e o da escrita, sucederam-se 1.400 gerações, agora, no intervalo de uma vida de uma mesma geração, cerca de 20 anos, novos paradigmas tecnológicos são inventados e reinventados. Será praticamente impossível deter as inovações tecnológicas e científicas. O celular será a “bola de cristal” dos ciganos desta nova era, e as empresas de genética, em pouco tempo, talvez possam determinar a personalidade de quem irá nascer.

Os computadores já conseguem processar dados com velocidade semelhante à usada pelo cérebro em tarefas como locomoção e audição. Isso é inovação, um momento mágico de revolução para a ciência e para a tecnologia.

A era “mobile learning” protocolou como desafio: capacitar pessoas fazendo com que aprendam o que necessitam aprender, no momento em que necessitam e como necessitam. O que temos nas mãos não será descartado, mas não é mais o suficiente.

Hoje nada é mais 100% previsível ou 100% controlável. Precisamos aperfeiçoar cada vez mais nossas atitudes funcionais.

Pequenas ações localizadas fazem uma diferença nunca registrada na história da humanidade: se os chineses elevarem o seu consumo aos índices dos Estados Unidos, será necessário outro planeta Terra para manter a existência humana.

O ser humano consegue viver cerca de 40 dias sem comida, três dias sem água e até oito minutos sem ar, mas nem um segundo sem esperança. Este universo em reconfiguração está trazendo esperança para muitos, mas também inibindo a esperança de muitos.

As pessoas estão esquecendo que elas são a mais avançada tecnologia do planeta, com os dons que lhe foram concedidos. Estão esquecendo que são elas com suas mentes brilhantes as grandes responsáveis por todo este universo em transição.

Tudo sempre mudou e ainda vai mudar enquanto o ser humano permanecer utilizando suas dádivas para encontrar meios de melhorar a permanência da humanidade como herdeira de uma missão divina de fazer do mundo sempre um lugar ainda melhor.

Os jovens de ontem mudaram o nosso hoje, os jovens de hoje irão mudar o nosso amanhã. Neles está o DNA da evolução e transformação. Os mais experientes do passado precisam apenas compartilhar o que aprenderam, permitindo que o novo se aproxime, e não devem interromper o ciclo existencial que nos conduz para um desconhecido necessário, que sempre esteve a nossa espera.

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