Até logo World Trade…

Quase nada a declarar nem a acrescentar sobre o episódio americano do World Trade Center, apenas a esperança de que isto não mais se repita, ceifando a existência de pessoas e levantando brumas à paz mundial.

Fica aí, na sua consciência, a reflexão sobre o fato.

Acredito que em nossa vida estamos caminhando para algo semelhante.

Os EUA sempre se equiparam e se prepararam para um inimigo vindo de fora: investiram na estratosfera, mas esqueceram-se que o inimigo podia estar no seu próprio território. Naquele local que normalmente abandonamos: a nossa “introesfera”.

Sempre nos preocupamos demais com tudo o que acontece ao alcance dos nossos olhos e esquecemos do que está próximo do nosso coração.

E assim, quando menos esperamos, somos surpreendidos por um ataque certeiro que abala nossos alicerces, faz ruir nossa estrutura, tão dificilmente mantida com muito esforço, dedicação e amor-próprio.

Chamo a isso de efeito “regador-de-grama” que, quando gira, concentra sua energia para levar água para bem longe dele e muitas vezes ao seu lado a grama continua seca.

É como se fosse aquela pessoa que vê um fato ocorrido nos EUA naquela semana ou nos dias seguintes e, mesmo morando aqui no Brasil, nem fala mais com os filhos ou esposa.

Ou aquelas ainda que não andam mais de elevador, ou talvez aquela outra que até peça demissão por trabalhar no World Trade Center, em São Paulo.

Ou também a pessoa que tem um “puxadinho” no bairro e passa o dia olhando para ver se um avião não vem em sua direção.

É aquela que jura nunca mais visitar os EUA…

Essas pessoas deixam a grama seca ao redor, gastando sua energia em algo muito longe da real atuação.

O mundo é feito de duas partes: uma delas é você a outra está a sua volta.

Você não é o mundo e o mundo não é você!

Escrevo isso com o coração apertado, pois esses fatos catastróficos afetam a todos nós.

Não se esqueça que nesses momentos nosso passo deve apertar também. Não podemos parar em nosso caminho e ficar olhando para a destruição, bradando um lamento que não nos ajuda a seguir adiante.

Qualquer situação nos dias de hoje é um risco porque vivemos num universo de risco.

Porém quando deixamos de administrar os riscos permitimos a instauração da crise e, por esse caminho, as coisas ficam mais difíceis.

Não vampirize você mesmo, não destrua suas próprias energias!

Você precisa de seu otimismo, de sua fé, de seus sonhos e de sua perseverança para seguir seu caminho assim como precisa, principalmente, de todas as coisas que estão bem pertinho de seu coração todos os dias.

A estratosfera pode esperar, a “introesfera” não.

Somos ineficientes quando tentamos fazer três coisas de uma só vez; capazes quando fazemos duas, mas totalmente eficientes e competentes quando nos dedicamos a uma única.

Dedique-se à graminha que está ao redor de seu pé, ela sim é importante para você.

Faça sua parte no mundo e não a parte do mundo!

Existe uma teoria de alguns cientistas que afirma: “o bater das asas de uma borboleta no Canadá pode produzir um furacão na Flórida…”.

Quando um efeito, qualquer que seja ele, encontra poder para se duplicar ao longo de seu trajeto, ele cresce a cada instante.

Fatos ruins normalmente têm esta característica enquanto o bem ainda não conseguiu receber a aplicação desta teoria, mas está ai, mostrando ser sempre possível e que nunca desistirá de tentar.

Trabalhe como se hoje fosse seu primeiro dia no emprego; ame sua mulher como no dia em que se casou; curta seus filhos como no dia que eles nasceram…

Eis aí o segredo da felicidade: ser competente em suas atividades de existência.

Os americanos com certeza, em breve, vão devolver as torres à paisagem nova-iorquina de maneira ainda mais glamourosa, mostrando que são maiores que as adversidades.

Restaure a paisagem de alegria pela sua vida e das pessoas que estão a sua volta, pois sei que você também é muito maior que suas adversidades.

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