O BANHEIRO

A história do surgimento do Banheiro remonta a mais de 2.000 anos a.C e ganha modernidade a partir do século 19, através do inglês Joseph Bramah.
– E como está “cômodo” tão importante em todos os lugares nos dias de hoje?
Em muitas empresas, tudo é lindo, mas quando se entra no Banheiro, nota-se uma disparidade imensa entre a atenção aplicada nas áreas de trabalho e o Banheiro.
Normalmente ele acontecesse nos projetos e lhe resta o espaço que “sobrou”. É muito difícil encontrar um banheiro que realmente fora projetado com o devido respeito que ele merece, assim como as pessoas que o frequentam.
Na maioria dos Banheiros o estado de limpeza e higiene deixa muito a desejar, sem contar à manutenção que nem sempre cumpre as regras destinadas a este local.
As famosas placas sempre estão lá:
“não jogue papel no vaso”
“dê descarga após o uso”
“duas folhas bastam”
Os famosos poemas também, assim como as palavras impronunciáveis que expressam o verdadeiro interior das pessoas que as escrevem, as quais tem em sua cabeça um alojamento privado daquilo que foram deixar ali.
Claro que não poderia faltar aqueles Banheiros que a chave precisa ser retirada com alguém ou em algum lugar, ficam trancados, dando-lhes a impressão de um lugar super bem cuidado, mas não é isso que se encontra ao virar a chave e abrir a porta.
Os Banheiros de estrada nem mereciam ser mencionados, inclusive em estabelecimentos que faturam muito comercialmente, o maior número deles remonta as lembranças aos tempos dos Gregos no século V, onde qualquer lugar era lugar para destinar a impurezas renegadas pelo nosso organismo.
Existem aqueles Banheiros que possuem a delicadeza de colocar páginas de jornal em molduras para leitura e relaxamento de quem os utiliza, mas a falta de higiene é tão grande que a pessoa quer mesmo e sair dali o mais breve possível.
Para os estabelecimentos comerciais que ganham com seus serviços e produtos, a Lei deveria ser severa com relação à manutenção dos Banheiros, para as empresas não deveria ser necessário à Lei, apenas o bom senso e consideração da empresa para com seus colaboradores.
Fora desta relação ficam os Banheiros públicos, nem vale comentar.
A evolução da consciência de uso do Banheiro de mais de 2.000 anos a.C até hoje, talvez não tenha sofrido evolução, a maioria das pessoas ainda utilizam este local sem nenhuma noção do que ele representa como elemento comunitário.
Enquanto o Rotary dá o sangue para erradicar a Pólio no mundo, tem gente que ainda pega Pólio em banheiros pelo Brasil.
– Será que as pessoas em suas casas tratam o seu banheiro como os banheiros que utilizam fora de suas casas?
Se isto for verdade, que o “Santo da Higiene” nos salve.
Os banheiros podem dizer muito sobre as pessoas que o utilizam, pois ali pensam que ninguém as está observando, esquecem-se que elas mesmas estão ali e são seus próprios observadores.
Nem os Banheiros dos aeroportos estão a salvo do abandono e do mau uso de suas dependências.
– Pagar para utilizar um banheiro poderia criar um comportamento mais consciente e higiênico do local?
Em minha opinião não, as pessoas são o que são pagando ou não. As ruas estão repletas de pessoas bacanas em carrões cometendo uma infração atrás da outra como se mais ninguém estivesse nas ruas.
Os Shoppings estão cheios de madames carregadas de sacolas de grife que jogam lixo no chão e ocupam duas vagas ao estacionarem e nunca tantas mães foram levadas ao Shopping, não para passear, mas para servirem de motivo a utilização da vaga de idosos.

Talvez a saída seja uma campanha no estilo de uma imensa placa na porta de cada banheiro e uma gravação de voz lá dentro repetindo a frase:
Trate este banheiro como gostaria que ele lhe tratasse.
Mas isto não resolveria por completo, pois tem muita gente que encontra prazer em maltratar as coisas, os outros e si mesmo.
Fique comigo, que eu estarei com você.

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