TRADIÇÕES QUESTIONÁVEIS

Quantas coisas nós fazemos na vida, num processo de padrão replicante ou repetitivo, sem sabermos ao certo porque fazemos ou porque tem de ser assim?

Repassamos conselhos que recebemos, informamos características e chavões que ouvimos durante muito tempo e, assim, vamos fazendo aquele determinado padrão continuar sua existência, sem muitas perguntas, apenas convencidos que sempre foi assim e, se foi bom no passado, os antigos assim faziam, é uma tradição e deve continuar.

Uma tradição que, muitas vezes, vence nossa vontade de questionamento sobre seus reais valores e princípios, mas deixamos para lá e damos mais um empurrão naquela tradição que já atravessa gerações.

Minha esposa e eu fomos padrinhos de casamento da promoter Rosana Beni, uma campeã em sua atividade, assim como em sua atuação de gladiadora-do-bem. Antes disso, ela havia sido madrinha de nosso casamento, ainda noiva de seu atual marido, e lá, quando minha mulher fez o tradicional gesto de jogar o tradicional buquê, a Rosana foi quem conseguiu pegá-lo.

Casou-se logo depois, não pelo fato de ter apanhado o buquê da noiva em meu casamento, mas pelos fatores que já antecediam este fato e o investimento que ela já vinha promovendo em sua felicidade, assim como faz todos os dias.

Em seu casamento ela comentou o fato do buquê em meu casamento, antes de jogar o seu, e quando jogou o seu, ele foi apanhado com muito vigor por um homem. É! Por um homem…

O zum-zum-zum, foi geral entre as candidatas à noiva. “Joga de novo” foi a frase de ordem, porém Rosana Beni em um de seus insights diz, à platéia louca para se casar:

– Gente, que legal, um homem pegou o buquê! E porque não? Porque tinha de ser uma mulher? Homens também precisam e querem se casar. Ele fica com o buquê e tomara que se case logo, a vida é assim, temos de romper os paradigmas.

Nossa missão talvez seja dar novos sentidos às tradicionais tradições encontrando novos significados para elas. Significados que possam realmente fazer diferença em nossas vidas e não apenas nos manter no mesmo ritmo e condutas que, por padrões repetitivos de aplicação, formam padrões repetitivos de resultados.

Entre os insights de Rosana Beni, quando ela promovia um dos aniversários do Pai da Matéria – Osmar Santos – fez um pronunciamento que marcou a noite. E olha que até o Rei Pelé estava por lá, tricotando com o mestre da frase “Ripa na Chulipa e Pimba na Gorduchinha”.

Em seu pronunciamento, antes dos parabéns ela disse: “a vida foi muito dura com você meu querido amigo Osmar Santos e, nem por isso, você se tornou uma pessoa dura com a vida ou com seus amigos. Encontrou, em sua nova vida, uma maneira de devolver para a vida, com carinho, aquilo que ela lhe deu de maneira rústica. Encontrou, na pintura, uma nova maneira de expressar amor”.

Tradicionalmente, respondemos na medida e intensidade que recebemos certos fatos da vida: ela é rude conosco, nos tornamos consciente ou inconscientemente rudes; ela nos decepciona e logo estamos decepcionando alguém…

Mas, não precisa ser assim! Podemos receber uma energia e transmutá-la, podemos receber algo rude e torná-lo carinhoso, eis porque somos diferentes neste Universo: devemos ser uma fonte dizimadora de fatos constrangedores.

Tudo pode ser igual se quisermos ser igual, tudo pode ser diferente se decidirmos pagar o preço e assumir a responsabilidade para fazer diferente.

Revitalizar campos maduros de nossa existência pode nos dar novas razões e novas tendências para descobrir que, certas coisas, podem tornar-se belas e importantes e únicas, ao atingirem o estágio de um campo maduro à espera de uma revitalização.

Questione as tradições arraigadas que você tem dentro de si.

Veja se elas são questionáveis ou não!

Descubra o potencial que você tem de quebrar paradigmas e ser mais feliz!

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