EU NÃO LUSTRO A FERRADURA DE NINGUÉM

Existem vários tipos de pessoas como as toleráveis e as intoleráveis. Mas as que mais incomodam, e tiram qualquer Cristão do sério, são as pessoas que classifico como: sem beiras (que vivem rastejando como coitadas e injustiçadas, ou estão derramando arrogância com quem convivem).

Estas pessoas pensam que são as rainhas-da-baba-do-quiabo. Muitas vezes, por terem uma “pseudo-profissão”, acreditam que os meros mortais que as rodeiam lhe devem os tubos de favores. Estas pessoas, por terem problemas de rejeição familiar durante sua vida, uma rejeição que elas mesmas fundamentam, pois se acham bem melhores que os próprios pais e chegam a ter vergonha deles (por serem pessoas simples ou por outras diversas razões), terminam por buscar serem amadas através de falseadas atitudes de amizade e, ainda, se dão o direito de cobrar de suas amizades tudo aquilo que ela não teve com sua própria família.

Pessoas que levam no seu passado uma vida de muitos relacionamentos, onde o foco era curtir… Verdadeiras “alças de caixão”, como diz meu amigo Juca Chaves, “quando um larga vem outro e põe a mão”…

Agora no “suposto” futuro promissor que almeja, esconde, até dos mais próximos, suas manchas do passado e tem audácia de medir casais felizes pela sua própria régua, com afirmações de que todo homem é infiel, mulheres sempre dão uma “flertada” e outras medidas do tipo que no passado eram práticas corriqueiras em sua vida.

São como verdadeiros cavalos xucros: dependendo do cavaleiro galopam ou dão coices até derrubá-lo e, no dia seguinte, comportam-se como se nada tivesse ocorrido e vão pastar livremente.

Ao invés de viverem suas amizades com ternura e sinceridade, ficam buscando acusações infundadas para fazer aos amigos que toleram suas “pseudisses” onde, do nada, com cara lavada dizem aos amigos que os mesmos são: egoístas, fofoqueiros entre outras barbáries vindas de um coração que precisa de uma britadeira para ser tocado ou alguns quilos de C-4.

Estão sempre dando lições de espiritualidade: daquelas que são boas para a vida dos outros, mas não aplicáveis na sua vida.

Pessoas que são escravas de um passado marcado por atitudes que ela não conseguiu apagar devido às futilezas que realizou e, de repente, busca a salvação em assuntos da mais extensa ordem religiosa, espiritual e se transforma, somente externamente, em sopro de benemérita. Haja benemerência para tantos arrependimentos!

Estas pessoas adoram esfregar suas ferraduras na cara dos amigos: fazendo isto elas lustram suas ferraduras nos amigos que sempre lhe acolheram e depois saem galopando por aí, exibindo o brilho de suas ferraduras conseguido de maneira grosseira; estúpida; arrogante e injusta.

Lustrar ferradura na cara dos amigos, como eu digo já há muito tempo, é justamente tratar estes amigos como aterro de lixo das próprias “neuras” ou fazer deles mesa de “pileques-emocionais” que foram criados ao longo de uma vida cheia de luxúria insólita.

Estas pessoas têm um sentimento de culpa íntima tão grande que desenvolvem uma necessidade enorme de vestirem o “modelito” de boazinha, mãezona, benemérita, indefesa e sempre injustiçada… Mas, quando aquele ego oculto não suporta estes grilhões da falsa bondade, a máscara cai e sua ferradura precisa ser afiada, coitado do amigo que estiver por perto, pois vai virar lustrador de ferradura.

Ninguém merece este tipo de amizade. Psiquiatras suportam porque cobram pela hora de consulta e, talvez, os amigos devessem fazer o mesmo: cobrar pelo tempo de “suportação” desta amizade nêutron, pois a gente nunca sabe quando ela vai morder, embora transpareça que não morde, ela morde e sem piedade.

As coisas hoje já estão tão difíceis de serem levadas em nosso dia-a-dia, por isso não some às suas amizades este tipo de pessoa: dê a ela um endereço sem número e rua e deixe que ela viva seus próprios conflitos. Pois, enquanto este tipo de pessoa encontrar alguém para lustrar suas ferraduras, vai também encontrar energia para enganar por mais tempo a si mesma, e a única coisa que ela pode merecer é a verdade, a verdade sobre quem realmente ela é. Não importa se vai ser veneno ou remédio o problema é dela e não seu.

Não aceite lustrar a ferradura de ninguém!

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